Valha-me a mocidade

Valha-me a mocidade
Que em vossos versos encontro,
Digo-o com verdade,
Neles me reencontro.

O belo na Fraternidade
É poder diferentes unir,
Sem superioridade
Até contrários reunir.

No que da Flórida me toca,
Em poeta de renome,
Até o juízo se me troca,
Sendo certo ser sem nome.

Doutros poetas acho-me
Um aprendiz sorrateiro.
Prescutando, agacho-me,
Apanho versos do tinteiro.

Vou indo, tremelicando,
Nesta senda sem rumo,
Algumas vezes cantando
Quadras sem aprumo.

Porém, algo já encontrei,
De modo peculiar...
Foi em versos que desabafei,
Assim, noutro jeito de falar.

Vai valendo a aventura
De em versos proclamar,
Dizer que em mim perdura,
Singelo preito ao amar.


05-03-2005

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