Sinto no corpo o frémito do teu amanhecer
oh! Chela que calcorreei abrindo meus olhos à natureza
quando ainda madrugada alta me preparava para viver
o que hoje recordo ser meu halo iniciático à beleza.
A memória traz envolta na aragem espessa e fria
a neblina palpável anunciadora da vida que recomeça
na fotissíntese, na procura de alimento, na correria,
na volta que o Mundo dá, na volta da promessa.
E sinto d'então o deslumbramento, o corpo leve e ausente
vogando pelos cheiros que a humidade da madrugada teceu
nos castanhos terra e verdes arvoredo que o sol dá de presente.
E vem agora a Alma dizer que este belo que o sol prometeu
não é só dele afinal, tem a lua, o arco-íris e os astros em volta
e a chuva que cheira ao aroma que leva a minha alma solta.
11-06-2005
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