Maconge também é recordar,
E faço-o com amizade.
Devemos rememorar
Traquinices da mocidade.
O respeito que lhe tenho
Faz do José António Freire,
O primeiro no meu empenho
Em galhofar falando de heire.
É Nobre em nosso Reino,
É Conde da Quipola,
D. Cabeças que na escola
Das partidas fazia treino.
Nada tem de peculiar,
Acreditará quem quiser,
Não estou cá para fiar,
Paga o último que vier.
Estórias do Cabéças,
Duma delas vou falar,
Garboso numa dessas,
É o próprio a contar.
Zé António chega a casa,
Diz à mãe meio tristonho:
"Estou a ficar em brasa,
Não tenho amigos e sonho".
Diz a mãe: " Conta lá dessas".
"É que os meninos na escola
Deram em chamar-me Cabéças,
T'aqui, vai tudo de estarola".
"Meu filho, há muito que sabes
Que tens a cabeça grande.
Interessa é que não te babes,
Faz-me um recado, ande"...
"Vai à loja do Angelino,
Trás-me cinco quilos de batata."
"Mamã, assim não atino,
Tanto, trago onde, na lata?"
"Despacha-te, rapidinho,
Meu querido filho José,
Vem pela sombra no caminho,
Trás a batata no boné"
.....................
Obrigado Zé António
Por contares esta estória,
Mereces bem o encómio,
És digno de ficar na história.
05-03-2005
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