Não entendo a tua exigência

Não entendo a tua exigência.
Ainda há pouco falava bem de ti,
e agora vejo-me na contigência
de desdizer o que vivi.

Ah!, entendi, querem que me digas
que me perdoam e fazem as pazes.
Ah!, como eram belas essas raparigas,
e que malandros fomos em rapazes...

Que delícia vê-las a passear
nas suas mini-saias e decotes,
e nós em uníssono e morativo suspirar
encostados às montras em magotes.

Oh!, ansiado fim de tarde domingueira,
montra da roupinha e cabelo arranjado,
pintada, vaidosa, provocante e altaneira
se passeava a menina para nosso agrado.


03-06-2005

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