Ah! Vocês querem saber como é que foi?
Se fazem muita questão que vos diga,
É bom saber que nada me obriga
A dar com a língua nos dentes, pois não.
Vá alguém pensar que é obrigação.
Só querem saber como é que foi?
Está bem, começo então por dizer:
Eles lá estavam entretidos
À mesa, congeminando, contidos
-"Fazemos, não fazemos a surpresa,
Não se negam à luta, com certeza.
Malta rija não é de contradizer."
Altivo, bradou a curta tirada:
"Ouvidos duques, soba e conde,
Cronicam os Bardos de Capangombe.
Haja linha e lata de feição,
A lábia trará imaginação."
Será que isto foi uma charada?
Vai daí, querem saber como é que foi?
Pois bem, foi pouco mais ou menos assim:
Isto sou eu a pensar cá para mim
_Dá-se-lhes a notícia convite
De chofre, sem tempo para palpite."
Surpreso, não entendi como é que foi.
Já está, os convivas concordaram
Ouvido o convite imposto.
"Vês, não te disse, é disto que gosto"
Isto já sou eu em imaginações,
Pois eram efusivas as saudações.
Eu é que não sei pr'o que me mandaram!
Mas iria descobrir como é que foi?
É um caso deveras intrigante.
Se querendo, não sou nem falante,
Como descobrir onde começou,
Se não sei donde venho, pr'a onde vou?
Também quero saber, como é que foi?
18-02-2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário