Era dia e se fez escura noite de repente
e a noite encobriu o quarto minguante
e tu maldade à bolina e mareante
em tuas asas me levaste a paixão, e de repente
na rua onde o meu coração se sente
outrora a mais bonita e perfumada
onde o meu ardor melhor se tem na chamada
secaram-se das varandas as flores, de repente
e elas que em sã competição se faziam cheirosas
se alindavam de petalas e corolas vaidosas
murcharam em coro, ressentidas, e de repente
não mais brilhou o sol e a lua naquela rua
e a alegria despediu-se da vivacidade e ficou nua
e a minha alma enfadonha se tornou de repente.
20-06-2005
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