Disfarçando a angustia de tão longe te ver
retendo um lacrimoso nó na garganta
lanço aos céus suspiros que não consigo reter
entoando baixinho toadas que o povo canta.
O mar que banha os meus olhos de lágrimas
em fio, de horizonte de azuis infindo
lança às areias do deserto histórias apátridas
que as dunas em evolução as vão unindo.
O deserto que na chuva espargida ervedece
resuscitando vidas e cores que a natureza tece
odora os ares que na memória retenho.
A vida começa e acaba, qual circo da natureza
a saudade vai e vem em Siroco forte de tristeza
e as recordações brotam em rio de lágrimas que não contenho.
02-06-2005
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