Um sol poente reconfortante
em raios de cabelos doirados
afaga a mulher amante
apertando lábios inchados.
Bebericando fresca água
passando os dedos pelo copo
revê-se no dia à beira da água
em que ambos foram um só corpo.
O sol cansado, no horizonte
a sede morta de um trago, num gole
numa praia que um dia conte
do falo tomado num consolo.
A esplanada acorda ao poente
a água não refresca a quentura
rapazes apessoados com que pente
a matrona pentando aventura.
Um sol já posto, lusco-fusco
o gelo no copo a tilintar
a fêmea num olhar molusco
na esplanada a levitar.
O sol já era, dia encerra
suplicante respirar pressinto
palpitante colo que gera
geral erecção que não minto.
27-05-2005
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