Quando apressada passas
no teu passo miudinho,
imagino um carinho
profundo, malicioso,
que me faria gostoso...
Oxalá um dia o faças...
Não é perfume que fica,
é o teu andar insolente,
balanceado e crente,
que me leva em crescendo,
num ardente desejo, sendo
que a paixão se amplifica...
Um dia, em mim verás,
já não d'olhos fugídios,
nem de passos arredíos,
mas sim admirada,
teres sido sonhada
em olhar furtivo
-no teu corpo o motivo -,
que recordarás...
O tempo passou, perdido...
Provocante, vagarosa,
vejo-te agora vaidosa.
Insinuas-te e penso
onde está o bom senso...
Tarde, queres-me contigo.
22-03-2005
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