Olá meu doce querer

Olá meu doce querer
viva bela aurora,
diz-me do teu viver
fá-lo sem demora.

Rápido, que fizeste?
Conta-me da loucura
em que sempre te vieste
e depois da brandura...

Fala-me da ternura
que ousas demonstrar;
conta dessa doçura...
Faz-me por ti suspirar!

Vá, não desconverses,
que bem sei desta noite.
Se não te viesses
era fraco açoite...

Ah!, deusa «melura»
não penses que m'esqueço
que na tua formusura
meter-me eu peço.

Deixa-me só uma vez
mostrar-te meu amar,
que logo duas ou três
virás mendigar.

Por favor, insisto,
não contaste o que quero...
No meio de tudo isto
- ver-me - também espero.


03-05-2005

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