A velha questão.
De quem é o tostão,
De quem o viu primeiro,
Ou de quem o tem na mão?
Um é sendeiro,
Outro alavão...
Indakas de Capangombe
Prepara-te Zé frade,
Temos grande maka
Com um da irmandade.
Sabendo de nós, Aka!...
É, não queiras saber d'onde.
Tinha-se de guardador,
Ferrando, qual Kissonde,
Nas mucaias do pastor.
Na carrinha que guiava,
As imbambas apregoava,
O conhecido funante
Em som de altifalante.
Não sabes, não falas,
Das mulolas às impalas,
De tudo era dono
Este digno colono.
Ele tem a sua razão,
Foi em arranjar sezão,
C'andou por lá numa fona,
Em mucaia com omona
Imitando o leão
Que das anharas é rei,
A todas dizia "vão,
Maturibassué".
E agora somos nós.
Em jeito de rapina
Tirámos-lhe a noz,
Levamos sabatina.
Corre pelos kimbos
Em surdina, mas zombe,
Já não são os arimbos
Do Maneco de Capangombe.
E aqui, meu caro Zé
Pede-se a tenção,
Que ele faz finca pé
Em dar-nos a bênção.
Falamos-lhe ao ouvido.
Cuidado não tombe,
Dos Bardos o sentido
De Capangombe.
A malta da rima
Gosta de bricadeira,
Por aqui termina
Esta "chocarreira".
Cantiga de Amigo
Fui ao jardim da Celeste,
Giroflé, giroflá,
Em Capangombe deste
Com um chato, olá, olá.
Não é tido
Por mau companheiro,
É amigo
De nós o primeiro.
O Maneco de Capangombe
É bom rapaz
Tinha, não sei onde
Um grande aaz.
Com o Soba e outros tais,
Dava-se o Maneco.
O que queriam os Mucubais
Era tinto p'ro caneco.
Do amigo funante
Faziam cerimónia
Não se admitia falante
Com parcimónia.
Por aqui me fico,
E mais não digo,
Deste amigo
O interesse no mufico.
26-02-2005
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