Antemanhã

Ah!, antemanhã
que me acordas e me levas
sonhando
por vales e serras;
as palpebras fecham
o sono aperta
mas a tua luta não é vã
e tiras-me das trevas
sonhando
amores que encerras!

Ah!, entremanhã
que me acordas à vida
nesse sol adivinho
de um dia quente;
e me cerceias a despedida
daquele miminho
oh!, daquele beijo ardente
qual titã
em luta renhida
em cama quente!

Ah!, alvorada
sei que o nascer do dia
nos leva a caminho da noite
a um sono retemperador
e que naquele dia
ela queixando-se foi-te
dizendo do seu amor...

E agora alvorada, agora..., alvorada,
tiras-me a minha amada!


02-06-2005

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